A Tata Steel investiu em uma fabricante de latas D&I em suas instalações de P&D na Holanda para testar a produção de latas de alimentos no que chama de "processo de conformação a seco" para economizar energia e água. A iniciativa marca um passo significativo em direção à fabricação sustentável de embalagens, com o objetivo de revolucionar as técnicas tradicionais de fabricação de latas, que normalmente dependem de sistemas de lubrificação úmida.
O processo de conformação a seco elimina a necessidade de refrigerantes e lubrificantes líquidos durante a etapa de conformação do corpo da lata, reduzindo o consumo de água em até 90% em comparação aos métodos convencionais. A nova moldadora de corpos D&I (Trepamento e Ferro) da Tata Steel em seu centro de P&D em IJmuiden integra sistemas avançados de lubrificação mecânica e ferramentas resistentes ao calor para manter a precisão sem agentes líquidos. Testes preliminares mostram que o processo pode produzir até 300 latas por minuto, reduzindo o consumo de energia em 15%, principalmente devido à redução do tratamento de águas residuais e da necessidade de aquecimento.
"Esta inovação está alinhada ao nosso compromisso com os princípios da economia circular", disse um porta-voz da Tata Steel. "Ao eliminar lubrificantes líquidos, não apenas conservamos recursos, mas também reduzimos a pegada ambiental das embalagens metálicas." A tecnologia pode atender às crescentes preocupações da indústria com a escassez de água em centros industriais, especialmente em regiões como a Índia e o Sudeste Asiático, onde processos com uso intensivo de água enfrentam o escrutínio regulatório.
Analistas do setor observam que, se for expandido comercialmente, o processo de conformação a seco pode revolucionar o mercado de latas de duas peças, avaliado em US$ 32 bilhões. Grandes processadores de alimentos já demonstram interesse em soluções de embalagens sustentáveis, com marcas como Nestlé e Unilever priorizando fornecedores com métodos de fabricação de baixo carbono. A Tata Steel planeja concluir os testes piloto até o quarto trimestre de 2025 e está em negociações com fabricantes de latas europeus para licenciar a tecnologia, posicionando-se como líder em inovação em embalagens metálicas ecológicas.